Uma promessa sedenta de cumprimento
Um parto onde todas as luas passaram
O braço esticado ao infinito do ser
A saudade a noventa graus, duplicada
Uma força na impossibildade do pensamento
A parede rasgada com que nos apartaram
Uma lagrima de sangue que uiva sem temer
As batidas exiladas do peito, barricadas
Saber-te minha, de mim, em testamento
A bussola, agulhas que me trespassaram
Mãos que escavam dentro, a cravar, roer
A necessidade urgente de ter-te, amada!
João Miguel, O Pássaro do Sul
1 comentário:
Uma urgência que me persegue como eco do que penso... e quando ando, vai à frente...
Sinto sempre além dos ponteiros, quero-te sempre aquém do agora.
É urgente o despedaçar desta espera nas minhas mãos ansiosas, e abri-las num buquê de querências todas para ti.
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