...
Sinto tantas vezes que não marcho ao mesmo ritmo
E não marcho na mesma direção que o resto das tropas
Como um desalinhado...

João Miguel, O Pássaro do Sul

15/08/2009

Querer-te



Uma promessa sedenta de cumprimento
Um parto onde todas as luas passaram
O braço esticado ao infinito do ser
A saudade a noventa graus, duplicada
Uma força na impossibildade do pensamento
A parede rasgada com que nos apartaram
Uma lagrima de sangue que uiva sem temer
As batidas exiladas do peito, barricadas
Saber-te minha, de mim, em testamento
A bussola, agulhas que me trespassaram
Mãos que escavam dentro, a cravar, roer
A necessidade urgente de ter-te, amada!

João Miguel, O Pássaro do Sul

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma urgência que me persegue como eco do que penso... e quando ando, vai à frente...
Sinto sempre além dos ponteiros, quero-te sempre aquém do agora.

É urgente o despedaçar desta espera nas minhas mãos ansiosas, e abri-las num buquê de querências todas para ti.