... Sinto tantas vezes que não marcho ao mesmo ritmo E não marcho na mesma direção que o resto das tropas Como um desalinhado...
João Miguel, O Pássaro do Sul
02/09/2009
Fémea
Fémea é mais que mulher, é mão que unha o macho e mastiga-o entre as coxas , exalando um mar de saber a quem pertence e se dar!
João Miguel, O Pássaro do Sul
2 comentários:
Anónimo
disse...
Fronte em febre à frente da fonte Ser fenda Ser fresta Falópio filete fiando ,afluente, Fértil [in frenesi] a fálica força que flue e - fecunda - o fogo sem nome essa fome sem fim
Katyuscia...
...em face da fêmea fissurada em ti, que és frisson em mim.
[...] Uso lantejoulas de poemas Em redor da cintura Pões o céu a tocar uma música árabe E danço para ti no lago nocturno Enquanto enches os nossos copos
Porque és o oásis Gosto de falar contigo Sobre o livro dos vivos e dos mortos Mesmo quando fazemos amor Nas águas frias da distância Mas o vento aproxima-nos
Aproximas a tua respiração à minha boca Nascem cem desertos nos planetas mais distantes E o céu Ocre Desce à vertigem da pele E arredondam-se os seios Como cocos solares Nos beijos
Tocas-me mais Tocas-me com a inocência das candeias na noite de Verão Sem elas como se viam as estrelas profundas no mapa dos sorrisos? Sorrimos mais inocentes ainda Incendeia-me à vontade No meu corpo estás em casa, nómada No meu corpo estás no movimento do deserto Entra à vontade Deixa-me apoiar nos teus ombros o meu peso Dobrar as pernas no círculo do espanto E com ternura manchar as areias de sangue Com o calor do vento que fazemos mover em redor A música toca entre o sussurro dos corpos Abraça-me por inteiro
Tocaste-me no poema mais enigmático da carne E és tu Poeta O poema
Adormecemos como crianças transpiradas Tisnadas pelo sol alegre da madrugada Crianças imortais Que descobrem as suas marcas iguais Na espuma dos corpos cheios de coração
Acordamos Bebemos água fresca Comemos frutos fortes Calçamos as sandálias Abraçamo-nos com as túnicas de linho Sorrimos sem sombras
Dás-me a mão Também eu avanço nela Sem receio Por essa estrada líquida Das linhas tácteis Que nela pulsam E onde se encontra O mundo todo
Amo a tua mão Que escreve o mito dos navios Que vogam por areias brancas E dou-te a minha Como única herança Do caminho que escolhi Na tua Poesia
Pomos uma concha Na origem da felicidade
Daqui a uns anos É lá que morreremos Nas semoventes areias
2 comentários:
Fronte em febre
à frente da fonte
Ser fenda
Ser fresta
Falópio filete
fiando
,afluente,
Fértil [in frenesi]
a fálica força
que flue e
- fecunda -
o fogo sem nome
essa fome
sem fim
Katyuscia...
...em face da fêmea fissurada em ti, que és frisson em mim.
Amo-te.
[...]
Uso lantejoulas de poemas
Em redor da cintura
Pões o céu a tocar uma música árabe
E danço para ti no lago nocturno
Enquanto enches os nossos copos
Porque és o oásis
Gosto de falar contigo
Sobre o livro dos vivos e dos mortos
Mesmo quando fazemos amor
Nas águas frias da distância
Mas o vento aproxima-nos
Aproximas a tua respiração à minha boca
Nascem cem desertos nos planetas mais distantes
E o céu
Ocre
Desce à vertigem da pele
E arredondam-se os seios
Como cocos solares
Nos beijos
Tocas-me mais
Tocas-me com a inocência das candeias na noite de Verão
Sem elas como se viam as estrelas profundas no mapa dos
sorrisos?
Sorrimos mais inocentes ainda
Incendeia-me à vontade
No meu corpo estás em casa, nómada
No meu corpo estás no movimento do deserto
Entra à vontade
Deixa-me apoiar nos teus ombros o meu peso
Dobrar as pernas no círculo do espanto
E com ternura manchar as areias de sangue
Com o calor do vento que fazemos mover em redor
A música toca entre o sussurro dos corpos
Abraça-me por inteiro
Tocaste-me no poema mais enigmático da carne
E és tu
Poeta
O poema
Adormecemos como crianças transpiradas
Tisnadas pelo sol alegre da madrugada
Crianças imortais
Que descobrem as suas marcas iguais
Na espuma dos corpos cheios de coração
Acordamos
Bebemos água fresca
Comemos frutos fortes
Calçamos as sandálias
Abraçamo-nos com as túnicas de linho
Sorrimos sem sombras
Dás-me a mão
Também eu avanço nela
Sem receio
Por essa estrada líquida
Das linhas tácteis
Que nela pulsam
E onde se encontra
O mundo todo
Amo a tua mão
Que escreve o mito dos navios
Que vogam por areias brancas
E dou-te a minha
Como única herança
Do caminho que escolhi
Na tua
Poesia
Pomos uma concha
Na origem da felicidade
Daqui a uns anos
É lá que morreremos
Nas semoventes areias
Luminosamente.
(Ana Salomé)
De mãos dadas... Sempre e para sempre!
(Música arrepiante, meu anjo!)
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