...
Sinto tantas vezes que não marcho ao mesmo ritmo
E não marcho na mesma direção que o resto das tropas
Como um desalinhado...

João Miguel, O Pássaro do Sul

02/08/2009

Aquilo



Aquilo

Talvez que para mim se pudesse falar daquilo!
Tu sabes! Aquilo!
Que dá tanta vontade
Uma vontade louca
Um querer descomunal
Uma cegueira imensa
Desejo descontrolado
Uma amplitude de sentimentos inmensuravel
Que vai do beijinho meigo e terno
Do olhar adorando
Do ter medo de macular de alguma forma
Ao querer sensual e animal
Vontade louca e bruta de possuir
De agarrar, morder, apertar
Sentir que é bom até só ver e ouvir
Estar ali, existir, saborear o ar em torno
E outra vez ter de tocar, cheirar, lamber
Tu sabes, não sabes?
Aquilo!?!?
O nome?
O nome, cada um lhe chama o que quiser...
É um sentimento, será só meu?
Não acredito, mas não quero báptizá-lo
Quem sou eu?!?!
Só tenho o direito de me sentir abençoado, de sentir
Privilegiado se o sentirem por mim
Mas é bom!!!!
E mesmo com lagrimas e dores é grande!
Para se viver na totalidade e sentir verdadeiramente
Nada de fraquezas e medos
A vida e o que ela tem de maior e grandioso
Não foi feita para ser vivida ou sentida por cobardes!

Joao Miguel, O Pássaro do Sul

1 comentário:

Anónimo disse...

E já que falas com tanta propriedade e proeza sobre "Aquilo", deixa-me falar-te sobre "Isso", numa das letras perfeitas do Chico César:

«Isso que não ouso dizer o nome
Isso que doi quando você some
Isso que brilha quando você chega
Isso que não sossega,
que me desprega de mim
...
Isso tem de ser assim...
...
Isso que carrego pelas ruas
Isso que me faz contar as luas
Isso que ofusca o sol
Isso que é você e sou sem fim»

A ti, meu homem lindo que me é toda a coragem, todo meu "Aquilo".

TUA.