... Sinto tantas vezes que não marcho ao mesmo ritmo E não marcho na mesma direção que o resto das tropas Como um desalinhado...
João Miguel, O Pássaro do Sul
18/12/2009
Escada
O Anjo da Escada
Na volta da escada Na volta escura da escada. O Anjo disse o meu nome. E o meu nome varou de lado a lado o meu peito. E vinha um rumor distante de vozes clamando clamando…
Mario Quintana
2 comentários:
Anónimo
disse...
A escada não eram só degraus de acesso... antecipavam passos que faziam música de chegada... e ela, em pico de ansiedade, projetava-se à entrada, onde aguardava a aparição do amor que iria adentrar o espaço e ocupar-lhe os poros. Era tanto o clamor que a voz que rangia da madeira se confundia com os dentes a rosnarem roupas. E assim, o amor era [des]medido em ângulos e [de]graus de febre.
"Esta manhã encontrei o teu nome nos meus sonhos e o teu perfume a transpirar na minha pele. E o corpo doeu-me onde antes os teus dedos foram aves de verão e a tua boca deixou um rasto de canções. No abrigo da noite, soubeste ser o vento na minha camisola; e eu despi-a para ti, a dar-te um coração que era o resto da vida - como um peixe respira na rede mais exausta. Nem mesmo à despedida foram os gestos contundentes: tudo o que vem de ti é um poema. Sentei-me na cama e repeti devagar o teu nome, o nome dos meus sonhos... são frios os batentes nas portas da manhã."
[Maria do Rosário Pedreira]
Se não vieres logo, atiro-me escada abaixo... (risos)
2 comentários:
A escada não eram só degraus de acesso... antecipavam passos que faziam música de chegada... e ela, em pico de ansiedade, projetava-se à entrada, onde aguardava a aparição do amor que iria adentrar o espaço e ocupar-lhe os poros. Era tanto o clamor que a voz que rangia da madeira se confundia com os dentes a rosnarem roupas.
E assim, o amor era [des]medido em ângulos e [de]graus de febre.
...
Miguel...
É tanta a saudade!
Salva-me!!!
"Esta manhã encontrei o teu nome nos meus sonhos e o teu perfume a transpirar na minha pele. E o corpo doeu-me onde antes os teus dedos foram aves de verão e a tua boca deixou um rasto de canções.
No abrigo da noite, soubeste ser o vento na minha camisola; e eu despi-a para ti, a dar-te um coração que era o resto da vida - como um peixe respira na rede mais exausta. Nem mesmo à despedida
foram os gestos contundentes: tudo o que vem de ti é um poema. Sentei-me na cama e repeti devagar o teu nome, o nome dos meus sonhos... são frios os batentes nas portas da manhã."
[Maria do Rosário Pedreira]
Se não vieres logo, atiro-me escada abaixo... (risos)
Amo-te, meu lindo!
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